domingo, 22 de março de 2009

Send In The Clowns



Este post foi adiado várias vezes, por diferentes razões, mas, como adiante veremos, hoje é o dia certo para o publicar.

Nunca fui adepto de musicais. Para além de ter perdido bons filmes e espectáculos à conta deste preconceito, cada vez mais me apercebo de quantas músicas magníficas me passaram ao lado. Por incúria ou desatenção, o certo é que assim tem sido. Apesar disso há temas de filmes ou do teatro musical ao lado dos quais é impossível passar, por mais desatento ou desleixado que se possa estar (o que é muitas vezes o meu caso).

É o que acontece com este tema, “Send In The Clowns”, muito graças à versão de Barbra Streisand. Mas, apesar de nunca me ter passado ao lado, só recentemente o olhei e ouvi com a devida atenção. Melhor, com reverência, que é isso mesmo que ele merece.

Cruzei-me recentemente com várias versões desta enorme canção, sendo uma delas mais um exemplo de um interessante arranjo para os 5 clarinetes dos Sujeito a Guincho.

Mais tarde emocionei-me ao descobrir Judy Dench nesta interpretação da Desirée em “A Little Night Music”.
Algo de grandioso, imperdível!



E depois, fui à origem. Haverá melhor do que aprender um tema com o próprio autor? Stephen Sondheim, himself! Como deve ser fantástico - e ao mesmo tempo assustador - ter o privilégio de uma estudante de canto em receber assim a ideia do próprio autor acerca da sua própria música. Didáctica pura!



Nunca me interessei muito por musicais, como disse, nem pela obra de Stephen Sondheim em particular. Creio que são exemplos de coisas que às vezes é preciso aprender com o tempo, até descobrirmos pontos em comum. Nem que seja este: também ele hoje faz anos.

20 comentários:

Scãotch Brit disse...

Por acaso, tenho-me cruzado om a música deste senhor, facto que me levou a topar a maravilhosa Judi Dench a interpretar os clowns assim. Qual La Féria, qual caraças. Os brits ainda mexem, quando se trata de teatro, musical ou não.

sem-se-ver disse...

escusado será dizer que sorri de orelha a orelha quando verifiquei que o quinteto tocava isto... e que me apeteceu fazer una petite juke com ela...

um dia, quem sabe :-)

Baskãorville disse...

vamos nisso, fj, vamos nisso. o quinteto must not be delayed, que é como quem diz procrastinado.

país baskãoville disse...

eu queria dizer ssv, mas saiu-me fj. sorry.

sem-se-ver disse...

eia, fj, que até já nos confundem...

Rui disse...

Ah, não. Esta nunca me passou ao lado por causa de um vinil da Shirley Bassey. O que sempre me impressionou no tema é a quietude atormentada que, aliás, me fez sempre escutar esta canção o menor número de vezes que me fosse possível. Tenho esta espécie de repulsão benigna e respeitadora (assustada) por bastantes canções, agora que penso nisso. Coisas tão intensas que não consigo revisitar todos os dias. Por comodismo, evidentemente.

Elisabete disse...

E...já agora, porque ainda ninguém topou nada...Beijinhos de parabéns!! Amigo,Feliz Aniversário!
E uma jantarada no Mandarim...? Para comemorar?

fj disse...

ssv, já viste? o cão daniel com actos falhados... bom, e agora vê lá isso da juke “send in the clowns”. não procrastines!

fj disse...

canis multiplus, a judy dench não pára de me maravilhar. agora esperemos que a ssv não se ponha com procrastinações...

fj disse...

rui, tal como eu escrevi, esta também não me passou ao lado, apenas me tocou recentemente muitíssimo mais do que alguma vez o tinha feito.

em relação à tua apreciação: agrada-me a expressão “quietude atormentada”. abstive-me propositadamente de dar as minhas impressões no post (cheguei aliás a escrevê-las, mas depois retirei-as).

esta música é toda angústia e contenção. e tem uma ondulação própria, constante (o compasso é ternário, o que não será um acaso), que tenta controlar-se mas que a qualquer momento pode rebentar em lágrimas.

a barbra streisand dava-lhe a pujança vocal das grandes vozes mas a judy dench é actriz e realça esse lado de “chorar para dentro”. acho que é esse carácter e essa ondulação constante que lhe dá essa “quietude atormentada”.

fj disse...

elisabete, querida amiga!

obrigado, enorme beijo para ti! e o mandarim, estará aberto? ia lá hoje, ia... se estivesse. saudades grandes. fj

elle disse...

só pr'avisar que o Mandarim é agora McDonald's...

(pois... não tem tostas mistas) ;)





(parabéns!) :)

Rui disse...

Só podem estar a gozar comigo: o mandarim é MacDonalds? Se ao menos tivessem MaCavalinhos...

Elisabete disse...

Mandarim é McDonalds????
Não!!!!!.....
O "nosso" Mandarim agora (ao k parece)não é nada aberto ao público.
Mas k ia um Cavalinho ia, aí isso é k ia!!!!Bem pensado Rui, um bjh tambem para ti.

fj disse...

elle, obrigado!

só para esclarecer: este 'mandarim' não é o saudoso mandarim de coimbra, mas sim o mui saudoso mandarim na figueira, que ficava ali junto às abadias, por baixo da biblioteca e museu. era também um restaurante chinês e os cavalinhos eram uns bolos fritos deliciosos que por lá se comiam, às dúzias, diariamente! :-)

sem-se-ver disse...

oh seu PALERMA, então tu fizeste anos e nao me avisaste??????

quê, dia 22?

hã???

fj disse...

ssv, tu disseste PALERMA, não foi? ... PALERMA.
pois... não, não é por nada. era apenas para confirmar a tua alusão à, digamos, possibilidade de eu ser... uhm... bom... como dizer... PALERMA. hummm!

pois, dia 22, 'tás-a-ver? isso mesmo, 22, no mesmo dia do stephen sondheim.

então, nesse caso, bota já aí na agendazinha, sff: "para o próximo ano, não esquecer comprar prendinha para o fj". ok? eu faço um post com a minha wishlist.

sem-se-ver disse...

ora, só faltava que tivesses ficado ofendido, meu tonto...

toma lá parabéns (atrasados), muitos e bons, e já estás gravado como lembrete no tlm, donde... no próximo ano não te escapas!!!

fj disse...

oh rapariga, não te apoquentes. eu nunca ficaria ofendido por isso!
sabes, é o problema da comunicação escrita. fica a faltar a restante linguagem. esta, por exemplo :-))

Rui disse...

Desculpa lá mas não acho nada bem que ao minuto 2'18'' o senhor faça aquele gesto com os dedos. Se não gosta da moça, diz-lhe e prontos, não é preciso ser grosseirão e boçal, mesmo fingindo que se está a importar c'a rapariga. Desagradável.