quinta-feira, 30 de outubro de 2008

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Ida e volta (II)

Volta.



Volta..


(fj) 2008

Ida e volta (I)

Ida.



Ida..



Ida...

(fj) 2008

domingo, 26 de outubro de 2008

The Blanton–Webster Band

Existe uma anedota acerca do contrabaixo (aplicável, por extensão, ao baixo eléctrico) que ilustra bem a forma como este instrumento foi e continua a ser olhado por muitos.

A missionary goes to the most remote part of a jungle. As soon as he arrives in the village he is to visit, he hears drums beating wildly in the distance. He asks the Chief what the drums mean. The Chiefs replies "Drums play, good. Drums stop, bad." During the missionary’s long stay he frequently asks the Chief about the continuous drumming. The Chief’s reply is always the same. "Drums play good. Drums stop, bad”

Finally, as the missionary is leaving he asks the Chief again about the drumming. The Chief says "Drums play, g..." "I know, I know" says the missionary. "Drums play, good. Drums stop, bad. But why is it bad when the drums stop?"

The Chief shakes his head and says "Drums stop, bass solo.


Houve uma vez um rapaz que viveu 24 anos e marcou para sempre a história do contrabaixo.

Jimmy Blanton nasceu em 1918 em Chattanooga, Tennessee. Após os anos de liceu, (em cuja banda começou a tocar contrabaixo) mudou-se para St. Louis onde, no Outono de 1939, começou a tocar regularmente na orquestra de um hotel. Terá sido aí que, uma noite, ao tocar com Miles Davis, Duke Ellington reparou nele e de imediato o contratou para a sua orquestra.

Aí passou a repartir o lugar de contrabaixista com Billy Taylor, o qual veio a sair em 1940. Durante o ano que se seguiu, Blanton, conjuntamente com Ben Webster, marcou aquela que seria a época de ouro da orquestra de Duke Ellington. De tal forma foi marcante a junção destes dois músicos com o génio de Duke Ellington que aquela formação viria a ficar conhecida como a “Blanton–Webster Band”.

Jimmy Blanton no Savoy,
Harlem, New York City, 1940


Não é coisa pouca, ser-se capaz de “roubar” o nome da orquestra ao próprio Ellington. Para além de estar no sítio certo, à hora certa, Blanton tinha com ele uma técnica, uma força e uma genialidade daquelas que só raramente aparecem numa só pessoa.



A Orquestra de Duke Ellington durante o período "Blanton–Webster", Howard Theatre, Washington, D.C., 1940

E este foi também mais um caso de um meteoro que aparece, ofusca e em seguida desaparece. No final de 1941, Blanton, em digressão com Duke Ellington, adoece e é hospitalizado em Los Angeles, onde lhe é diagnosticada tuberculose. Em Abril de 1942 é transferido para um sanatório, onde viria a morrer em Julho seguinte.

Jimmy Blanton revolucionou o papel que o gordo e desajeitado contrabaixo tinha até então - integrando-o harmonicamente com os restantes instrumentos mas, principalmente, abrindo-lhe caminho para o papel melódico que até aí não tinha - e tornou-se na maior referência do instrumento durante as décadas seguintes.

Digam-no Oscar Pettiford, Ray Brown ou Charles Mingus.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

The Goldhearted Miner

Foi o primeiro e último concerto que vi do Esbjörn Svensson Trio. Foi esta a música com que de lá saí, primeiro na cabeça, depois no carro, até chegar a casa.



Hoje apeteceu-me vir ouvi-la outra vez.

O Esbjörn Svensson já não volta a tocar no CCB.

Mundo cão. Mundo, cão!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Merry-Go-Round

As bolsas estão novamente a afundar. O Nikkei caíu a pique, o que fará com que os índices europeus sejam arrastados logo na abertura das bolsas, o que por seu lado virá a reflectir-se mais logo no fecho do Dow Jones.

E amanhã será outro dia, provavelmente marcado nas bolsas asiáticas pelas perdas de ontem, que aliás ainda é “hoje” nas bolsas europeias e é “mais logo” na Wall Street.

Podemos tentar encontrar várias explicações para as interligações e o funcionamento do mercado de acções, mas talvez esta acabe por ser a mais elucidativa:

Estava-se no Outono e, os índios de uma reserva americana perguntaram ao novo Chefe se o Inverno iria ser muito rigoroso ou se, pelo contrário, poderia ser mais suave. Tratando-se de um Chefe índio mas da era moderna, ele não conseguia interpretar os sinais que lhe permitissem prever o tempo, no entanto, para não correr muitos riscos, foi dizendo que sim senhor, deveriam estar preparados e cortar a lenha suficiente para aguentar um Inverno frio.

Mas como também era um líder prático e preocupado, alguns dias depois teve uma ideia. Dirigiu-se à cabine telefónica pública, ligou para o Serviço Meteorológico Nacional e perguntou: "O próximo Inverno vai ser frio?" – "Parece que na realidade este Inverno vai ser mesmo frio" respondeu o meteorologista de serviço.

O Chefe voltou para o seu povo e mandou que cortassem mais lenha. Uma semana mais tarde, voltou a falar para o Serviço Meteorológico: "Vai ser um Inverno muito frio?" "Sim," responderam novamente do outro lado, "O Inverno vai ser mesmo muito frio".

Mais uma vez o Chefe voltou para o seu povo e mandou que apanhassem toda a lenha que pudessem, sem desperdiçar sequer as pequenas cavacas. Duas semanas mais tarde voltou a falar para o Serviço Meteorológico Nacional: "Vocês têm a certeza que este Inverno vai ser mesmo muito frio?" "Absolutamente" respondeu o homem "Vai ser um dos Invernos mais frios de sempre."

"Como podem ter tanto a certeza?" perguntou o Chefe. O meteorologista respondeu "Os Índios estão a aprovisionar lenha que parecem uns doidos."

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Aforismos

Nos tempos que correm, não resisto a esta (encontrada na página de entrada de hoje do iGoogle).

The only function of economic forecasting is to make astrology look respectable. - John Kenneth Galbraith

Corpo e alma

Dos grupos a capella que conheço guardo este num canto especial. Os Vocal Sampling são cubanos, 6 vozes masculinas, e fazem aquilo que o seu nome indica, isto é, tocam (imitam)
com a boca os instrumentos das músicas que interpretam. Como aqui, no clássico popularizado pelo Buena Vista Social Club, "El cuarto de Tula".



"Vocal Sampling may sound like a full salsa band - but in reality their unique sound is created by a six piece all-male Cuban a-capella group. With minimum technology, they use only their voices, their cupped hands and their own bodies to create a full range of timbres and textures. All the instruments of the Latin Orchestra - percussion, horns, keyboard, bass - are vocally reproduced with astonishing accuracy for their hugely entertaining set of classic boleros, rumbas, and salsa, as well as more contemporary compositions."

Apenas com a boca, as mãos e o corpo, isso mesmo. Estes seis rapazes começaram a cantar juntos, por divertimento, no início da década de 90 no Instituto Superior de Arte em Havana. E é ao absolutamente inesgotável tesouro da tradição da música popular cubana que vão buscar o material para a sua produção própria de salsa, son, guaracha, boleros e rumbas.

"Since then the group have gained the attention of artists such as Bobby McFerrin, Peter Gabriel and Paul Simon. In 1996, at the artists' invitation, Vocal Sampling performed at the Montreux Jazz Festival alongside artists such as Chaka Khan, Phil Collins, Mick Hucknall and Toots Thielemans to celebrate Quincy Jones' 50 years in the music business."

Dos cinco álbuns que lhes conheço, "Cambio de Tiempo" (nomeado para 3 Grammy's) e "Akapelleando" destacam-se dos restantes (aqui, alguns dos temas desses álbuns).

You can't get much closer to pure entertainment than Vocal Sampling, six Cubans famed for being able to recreate a hot Latin orchestra, a trompe l'oreille achieved with voices and mics. - The Guardian


Vocal Sampling - Apretaito pero relajao ("Akapelleando")

Concordo plenamente. Os Vocal Sampling oferecem perfeição e prazer. E, se há música que é feita com alma, esta será um exemplo. Aliás, feita com o corpo e com a alma.

domingo, 12 de outubro de 2008

Toc'a banda

Não é apenas por lá conhecer e ter pessoas amigas que gosto dela. É também - principalmente - porque gosto da música que tocam (da boa), como a tocam (bem) e da forma para quem a tocam (para o povo, pois claro).

Entre o povo lá estive hoje uma vez mais a ver a Filarmónica das Chãs. A imagem que há uns anos tínhamos das filarmónicas - aquela que se resumia à das 'marching bands', com o bombo a abrir o desfile e as tubas a encerrá-lo - deixou felizmente de ser a única.

Este é mais um exemplo de música sinfónica feita em pequenas povoações, com maior ou menor qualidade, mas com um elevadíssimo interesse lúdico e formativo.

Já o disse aqui, por entre comentários neste blogue, gosto e pronto. Porque é música, boa, feita com amor e carinho.

sábado, 11 de outubro de 2008

Só mais 200 anitos

Afinal talvez isto não esteja assim tão mau. É só uma questão de esperar mais uns 200 anitos...

"Hawking: If we survive the next 200 years, we should be OK"

"Professor Stephen Hawking, one of the world's great scientists, is looking to the stars to save the human race -- but pessimism is overriding his natural optimism."

"Hawking, in an exclusive
CNN interview, said that if humans can survive the next 200 years and learn to live in space, then our future will be bright."

"'I believe that the long-term future of the human race must be in space,' said Hawking, who is almost completely paralyzed by the illness ALS.
"

Aos 65 anos, foi quase isso o que Stephen Hawking fez - pelo menos teve a oportunidade de simular as condições de gravidade 0. O que, dado ele ser o cientista que é, há 40 anos de cadeira de rodas, deve ter sido a experiência de uma vida.
Afinal, o mais provável é que essa seja mesmo a única opção: sair da Terra! E, confesso, às vezes é o que dá mais vontade.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Amor e uma cabana


The B-52's - Love Shack

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Duas palavras

Depois de a conhecermos e de nos habituarmos às suas várias facetas torna-se (-me) difícil descrever Hiromi Uehara (www.hiromimusic.com) em poucas palavras. As que mais frequentemente me ocorrem quando penso nela são sinónimos de energia e virtuosismo. Ou mesmo fúria.

Quando nos dispomos a ver este vídeo com atenção o tempo voa. Já o experimentei várias vezes, sempre com sucesso. Os seus seis minutos e nove segundos (menos os habituais períodos de desconto) são de fazer parar o trânsito.

Tempo, harmonia e melodia; improvisação, excesso e virtuosismo, está aqui tudo.

Em duas palavras, brilhantismo absoluto.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Fisco

"The celebrated German poet Friedrich Schiller, dead for more than 200 years, has been sent reminders that he should pay his TV and radio licence fee."

Estes poetas têm cada uma! Lá por morrerem antes de haver Televisão e Rádio acham que se livram de pagar, não é?

Artistas, é o que dá!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Rio de luar

(fj) Figueira da Foz, Dezembro de 2006



Sylvain Luc (guitarra), Jean-Marc Jafet (contrabaixo), Andre Ceccarelli (bateria)