quinta-feira, 9 de outubro de 2008

What if...


... the World could vote?

4 comentários:

sem-se-ver disse...

reparaste nos resultados por país?

fj disse...

reparei sim! merecem alguma atenção.
por exemplo, o que é que se passa no burkina faso? gostaria de saber quem são aqueles 2 votantes...
(ou "faço" de conta que não vi?)

sem-se-ver disse...

e ainda:

somos o 2º pais a votar mais, a seguir à finlandia. (os eua nao deveriam constar ali)

pelo que:

- é assunto que nos interessa assim tanto?

- temos a net/blogs/mails tão inscritos nos nossos hábitos quotidianos - vulgo, não fazemos mais nada na vida - que já cerca de 10.000 almas tugas se dispuseram a brincar naquilo (eu incluída)?

- temos tal consciência dos nossos deveres cívicos que nos dispomos a votar em eleições que não são nossas?

- somos um país com tal consciência política que vivemos as eleições americanas como aquilo que elas realmente são, eleições com repercussão a nível mundial?

- deixaremos de ter as vergonhosas taxas de abstenção que nos são habituais em eleições portuguesas futuras?

- e por último: caramba, é o primeiro ranking em que nos encontro em 2º lugar (sempre não contando com os eua que nao deveriam estar ali) num conjunto de 188 paises!!!! que orgulho!!!

fj disse...

é interessante como somos um povo geralmente mais interventivo, mais interessado e mais conhecedor do que outros, em tudo o que são assuntos ou iniciativas que se relacionem com o exterior. pelo contrário, para dentro, mostramos frequentemente desinteresse, apatia ou tacanhez.

tenho a ideia de que nos assuntos que têm a ver com o exterior queremos sempre dar a melhor imagem possível. no entanto, para dentro repetem-se as imagens pindéricas do portugal no seu pior e dos recordes sucessivos da maior feijoada, do maior bolo-rei, enchido, procissão, andor, árvore de natal...

nunca consegui vislumbrar uma "teoria unificada" que explicasse isto. ou então trata-se de um problema de amostragem. tem de ser isso. porque se não, se não for isso, será mesmo um problema de herança e de culto de atitudes subservientes, por um lado, e 'caliméricas' por outro.