sexta-feira, 6 de março de 2009

Deslumbramentos – Trilogia - 1 de 3, começando pelo fim


Ah, pois, a tal voz... Mônica Salmaso.


Directo ao assunto: a qualidade da voz de Mônica Salmaso, a consistência e o requinte da obra que já reuniu (tem 5 CD's em nome próprio, 1 CD em parceria com Paulo Bellinati, 2 CD's com a Orquestra Popular de Câmara, para além de inúmeras participações) são monumentais!

Há três meses atrás não tinha sequer ouvido falar nela (conheci-a através do documentário "Vinicius", de Miguel Faria Jr.). Hoje, admito ou subscrevo várias das opiniões da crítica: “sheer beauty”, "gorgeous, quintessentially Brazilian voice", "one of the best voices to come out of the prolific Brazilian music scene in a long time", "the most pure singer in Brazil today". E outras do género.

Sejamos francos, alguém consegue ainda estar indiferente quando chega ao último acorde do piano nesta versão de “Ave Maria No Morro”?



Mônica Salmaso nasceu em 1971, em São Paulo. Ganhou vários prémios de relevo no Brasil, entre os quais vários como melhor voz a nível nacional. O primeiro CD da sua carreira é precisamente “Afro-Sambas” de 1995, uma obra de qualidade e de interesse enormes. Em parceria com o enorme guitarrista que é Paulo Bellinati, este álbum reune pela primeira vez todos os afro-sambas compostos por Baden Powell e Vinicius de Moraes.

De disco em disco, Mônica Salmaso ilustra com absoluto requinte os inúmeros géneros musicais do Brasil. A sua obra está transformada num verdadeiro arquivo musicológico de notável rigor e elegância – desde a música nordestina, os xotes e os forrós, até às bossas, sambas e choros – enfim, um sampler perfeito do que é o tesouro musical brasileiro.

No álbum “Noites de Gala, Samba na Rua”, de 2007, Mônica percorre desta vez uma boa parte do cancioneiro de Chico Buarque. A competência dos músicos que a acompanham levam-na a reconstruir superiormente os temas nossos conhecidos. Como este, “Construção”.



Desde que a conheci, Mônica Salmaso deu-me a conhecer grupos como a Orquestra Popular de Câmara ou o Quinteto Sujeito a Guincho. Mas acima de tudo continua, em nome próprio, a proporcionar-me horas a fio de puro deslumbramento musical. Como aqui, em “Joana Francesa”, imperdível!



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(e a fechar, é impossível não ver esta delícia de apresentação da banda)

11 comentários:

Rui disse...

Tens razão. A MÔnica é fixe, mas não é nenhuma Mariana Abrunheiro. Eu sou muito amigo do tio dela e já lhe dei um ou dois beijos na cara. Ao tio, regrettably - enfim, a ela também já dei :)

Cãozarrãozarrão disse...

ESTE BLOG É JÁ SEGURAMENTE UMA DAS MAIS FIRMES E DURADOURAS ALEGRIAS DA MINHA VIDA, A PONTO DE TER SUBSTITUÍDO, COM VANTAGENS MIL, A MINHA VIDA SEXUAL, Q'ALIÁS JÁ NÃO AVA FIRME NEM DURA, DOURA, POI JÁ TENHO 44 QUASE 5 ANOS E ISTO, POR ASSIM DIZER, NÃO ESTÁ FÁCIL.

zarrãozarrãozarrãozarrão disse...

ava= tava (com aférese primossilábica de "es")
e
poi = pois (erro normal, normalíssimo)
(no blog do caldense é mais fácil porcaquilo é só copiar os númaros)

Cãosamenteiro disse...

isto da referência à vida sexual não é do foro libidinoso. nadinha. eu até sou contra os casamentos, não é só contra os gay, é todos.

fj disse...

isto de ter aféreses primossilábicas no blogue é uma coisa que me assusta. deglutinações, haplologias, apócopes ou crases, se tivesse mesmo que ser... pronto.
mas agora isto, aféreses primossilábicas? não pensei viver o suficiente para ter que passar por isto.

já o casamento, eu também não. aliás, o casamento já é em si mesmo uma coisa um bocado gay, não é? abichanada, por assim dizer!

Cão Paragoge disse...

É, O CASAMENTO ATÉ NEM É AFÉRESE,ELE É MAIS SÍNCOPE.
SÍNCOPE E ABICHANADO.

sem-se-ver disse...

aguardo pelo final da trilogia e depois faço link directo no meu blog para o teu!! pá, que posts magnificos! fazem-me corar de vergonha que ando uma preguiçosa do catano

fj disse...

cão metaplástico, vejo portanto que preferes a paragoge à prótese. ou seja, mais vale tarde do que nunca, não é?

fj disse...

ssv, olha que a trilogia acabou aqui, não esperes por mais! esta é a trilogia propriamente dita, ou seja, com três partes, sem mais apêndices, sufixos ou paragoges.
(isto de me dar com os intelectuais só me fez foi bem...)

sem-se-ver disse...

(claro, não ligues)


(eu não estou bem, só pode ser isso)

fj disse...

(está bem, não ligarei pois!)