quarta-feira, 2 de julho de 2008

Como é bom poder tocar um instrumento

O génio, mais uma vez.

E como é que nunca antes me deu para tocar isto? É que a própria letra o diz, "Como é bom poder tocar um instrumento".



Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel

Uma mulher, uma beleza que me aconteceu

Esfregando a pele de ouro marrom

Do seu corpo contra o meu

Me falou que o mal é bom e o bem cruel

Enquanto os pelos dessa deusa tremem ao vento ateu

Ela me conta sem certeza tudo o que viveu
Que gostava de política em mil novecentos e sessenta e seis
E hoje dança no Frenetic Dancin’ Days

Ela me conta que era atriz e trabalhou no Hair

Com alguns homens foi feliz com outros foi mulher

Que tem muito ódio no coração, que tem dado muito amor

E espalhado muito prazer e muita dor

Mas ela ao mesmo tempo diz que tudo vai mudar

Porque ela vai ser o que quis inventando um lugar

Onde a gente e a natureza feliz, vivam sempre em comunhão

E a tigresa possa mais do que o leão

As garras da felina me marcaram o coração

Mas as besteiras de menina que ela disse não

E eu corri pra o violão num lamento

E a manhã nasceu azul

Como é bom poder tocar um instrumento

2 comentários:

Cão disse...

isto de tocar o instrumento tem muito que se lhe diga.
inda no outro dia me sucedeu uma coisa curiosa.
investigava, por assim dizer, os crimes de 1976-77, em NYC, do Son of Sam, quando recebi um telefonema anónimo de um fulano que não sei quem é. sei apenas que o fulano se dedica a decorar bocaditos de canções.
"a canção toda é que não" - deontologizou ele.
vai-se a ver, o fêjota não é como o gajo e pronto, tigresa e dancin days e coisas assim e tal.
um gajo também não pode estar a decorar tudo.
eu por exemplo sei o número da minha porta de cor, mas não vou andar por aí a saber de que cor são as portas dos outros, mesmo que sejam o caetano veloso ou o dick farney, que é outro brasileiro mas esse não digo mais nada.

Cão disse...

aliás, a prova do que disse antes de deixar de dizer - está aqui:

http://www.izideal.pt/range/pan/