Esta semana foi difícil e proveitosa ao mesmo tempo. Entre algumas novidades tive também uma revelação e, como quase sempre as revelações acabam por ser, também esta foi casual.
Há já muito tempo que perseguia esta música. Sem nada saber acerca dela procurei durante anos identificá-la. Em vão.
Troquei e-mails com o autor do programa de rádio ao qual serve de indicativo e, continuo a perguntar-me porquê, este resolveu nunca me dizer directamente que tema era ou de que álbum se tratava (foi certamente para me fazer conhecer mais uns quantos discos de jazz).
Esta busca tornou-se uma saga sem fim à vista. Ontem, sem saber bem como, tropecei neste álbum na net: Lou Donaldson, "The Time Is Right" (1959).
Parece que é raro. Encontra-se apenas em edição japonesa, de importação, a preços dignos de luxos asiáticos.
Logo a abrir, "Lou's Blues". Tocam Lou Donaldson (sax alto), Blue Mitchell (trompete), Horace Parlan (piano), Laymon Jackson (contrabaixo), Dave Bailey (bateria) e Ray Barreto (congas).
Nunca antes tinha ouvido o uníssono dos sopros logo a seguir ao tema, nem os solos de saxofone, trompete, piano e contrabaixo. Apenas lhe conhecia o início, o fim e o som da incessante propulsão das congas do grande Ray Barreto (desaparecido há apenas 2 anos e que ainda pude ver no Blue Note em Nova Iorque).
Para mim esta saga terminou. Quanto ao autor do programa de rádio, fico sem saber se, caso ele visse este blogue, esta revelação o deixaria aborrecido. Paciência. Também eu a tive.
E agora... um, dois... um, dois, três, quatro... cinco minutos de jazz.
6 comentários:
oh pá...
oh pá!!
o zé duarte nunca to disse? ganda parvalhão.
e mais: soubera eu que andavas atormentado com isso e teria perguntado ao maninho-do-costume. porque eu não o saberia, mas ele sim - recordo que o comentou, talvez há uns 30 anos atrás (ou mais!! lolll) lá em casa.
(e cof cof cof cof cof muitas cof cof, não há por aí um link amigo?...)
podias ter-me perguntado: eu não saberia dizer-te, mas ao menos ficava com uma saga como a tua.
cão, essa era boa! quer dizer então que gostaste. por pouco que isto não se tornava numa espécie de cisma!
sem-se-ver, o josé duarte nunca mo disse e andou p'ra aí 4 ou 5 e-mails a dar-me pistas que depois não davam em nada! mas pronto, se calhar quer que a música dos cinco minutos de jazz se transforme numa espécie de graal, ainda mais porque o disco é difícil de conseguir.
essa do link amigo... ummm, ummm.... faz-me lembrar de um certo disco, lindo, sereno, tranquilo, secreto, íntimo... de domingo à noite...
Olha, olha....cinco minutos de jazz.
Pois que há, há, muito ciosos do que não é deles.
Boa
(muito baixinho. Também não sabia de quem era. xiiuuuu)
lucubrina,
é de todos nós... essa é boa!!!
(mais uma a quem eu podia ter perguntado)
:-)
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