domingo, 29 de junho de 2008
Dá-me música!
Quando o Kenny Garrett tocava com o Miles (na altura em que este tocou em Lisboa pela última vez), era disto que ele nos dava: Música!
Ontem não foi tanto assim. Foi menos música e mais "happening", foi interacção com o público até ao limite do possível. Dispensável em termos musicais embora curiosíssimo como evento.
Aqui um registo dele, "a dar música" ao mestre bruxo.
sábado, 28 de junho de 2008
Moving day (epílogo)
Vá lá, está bem, admito que possam haver coisas mais interessantes. Mas como isto até nem cria habituação, porque não experimentar de vez em quando?
Quanto a pesos, o que custa são as primeiras 30, 40 caixas. Depois um tipo já só quer é pegar naqueles que são verdadeiramente interessantes, os que dão luta: as cómodas, as madeiras maciças, os pacotes de livros e cd's que parecem feitos de chumbo... Aquilo depois até dá pica.
Quando o corpo começa a doer, até se pensa na malta que continua entretida nos seus bloguezinhos, a escrever postezinhos da tanga acerca do filme que viu, o cd que comprou, o livrinho que adorou, enfim, coisinhas de malta que não tem nada para fazer...
E graças ao vosso incentivo - "força, força" e não sei mais quê - até se repõe a forma. Obrigado, amigos/as, pelo ânimo que me transmitiram e um grande bem-haja por me terem ajudado a ficar assim.
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quinta-feira, 26 de junho de 2008
terça-feira, 24 de junho de 2008
Dog, not God
Para mim ele hoje não é apenas Daniel, é também Abrunheiro. Nome de escritor e de futuro.
Amigo, hoje não posso estar aí, mas estou!
segunda-feira, 23 de junho de 2008
George Carlin
Ficam-nos as vantagens da combinação do pensamento brilhante com o dom da palavra.
Se m'apanho lá...
O que é como quem diz, "nunca mais chegam o raio das férias!!!"
quinta-feira, 19 de junho de 2008
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Speak Like A Child
"Speak Like a Child", álbum em vinil que me fez dar um salto para a frente na forma de ouvir jazz. Álbuns destes comprava-os na altura na Novalmedina. Ia a Coimbra e depois regressava a casa, no comboio, a ler durante a viagem todas e quaisquer letras que pudessem estar impressas naquela embalagem de cartão grosso, dizendo para comigo "nunca mais inventam uma porcaria qualquer assim tipo mp3...".
"Speak Like A Child" foi gravado em 1968 e Herbie Hancock juntou para o álbum um sexteto composto por bateria, contrabaixo, piano, trombone baixo, fluegelhorn e flauta alto. Pouco convencional, portanto. Tal como a forma das composições e o papel da secção de sopros, desprovidos do papel de solistas e dedicados apenas a pincelar algumas texturas harmónicas.
Álbum de composições sofisticadas e inovadoras, é o que de melhor se poderia esperar de quem na altura fazia parte do quinteto de Miles Davis.
Aqui o tema "Speak Like A Child",
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Esbjörn Svensson
domingo, 15 de junho de 2008
sexta-feira, 13 de junho de 2008
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Boa nova
terça-feira, 10 de junho de 2008
The Making of Peg
Neste episódio da excelente série "Classic Albums: The making of..." (já passou no Mezzo) pode ver-se Rick Marotta a explicar o formidável balanço que ele criou para "Peg", a faixa do mítico álbum "Aja" dos Steely Dan. Chuck Rainey explica como usou o slap às escondidas, numa época em que este apenas se começava a usar e Michael McDonald fala-nos sobre a sua incrível malha vocal de "close harmonies" durante o refrão.
E podemos ainda ver Walter Becker e Donald Fagen a falar da escolha óbvia do solo de guitarra de Jay Graydon e a desmontar a música pista por pista.
E aqui assistimos à versão instrumental de "Peg" com Bernard Purdie, um dos seis bateristas de "Aja". (note-se, é imprescindível procurar no google 'Bernard Purdie shuffle').
Já não é novidade há muito tempo, mas "Aja" continua a ser um dos discos para a ilha deserta.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Masoquismo
É que, para além dos múltiplos espectáculos que começam à tarde e se prolongam pela noite dentro, simultaneamente em 16 salas e auditórios, há uma enorme quantidade de outros eventos associados ao festival: workshops, clinics, feiras de jazz, colóquios sobre jazz, exposições sobre fotografia e jazz, sobre cinema e jazz, actividades jazz and kids, TUDO e o jazz!
Esta é por isso, há mais de 15 anos, uma época especial para mim, a altura em que fico a saber tudo aquilo que vou perder. Mas eu, estoicamente resistente ou então uma espécie de masoquista, continuo a não pedir que cancelem de uma vez por todas o envio do raio da revista nem a planear ir lá de uma vez por todas!
Uma coisa em especial gostei de saber, que este ano lá estará também Cristina Branco a apresentar o disco “Abril”, com Ricardo Dias (piano), João Moreira (trompete), Mário Delgado (guitarra), Bernardo Moreira (contrabaixo) e Alexandre Frazão (bateria).
sábado, 7 de junho de 2008
If it's violins she wants, let them play
É de James Ingram, do álbum 'Dude' do Quincy Jones.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
nederjazz
Michiel Borstlap, pianista ecléctico, dono de diversos estilos e de uma criatividade surpreendentes. Ouçam-se as suas recriações de músicas antigas de/com Gino Vannelli, ou da música dos Weather Report, ou ainda as colaborações vanguardistas com Bill Bruford. E ainda os formidáveis álbuns “Gramercy Park”, “Residence” e o muito recente “Eldorado” (a prolongar o jazz-funk de Herbie Hancock do tempo de “Mr. Hands” ou de “Future Shock”).
E depois há este nome impronunciável, Trijntje (‘traincha’) Oosterhuis, cantora extraordinária – o que neste caso quer dizer exactamente isso, extraordinária! – cujas raízes assentam na pop mas que entretanto passou para a Blue Note.
Ouçam-se os seus álbuns “For Once In My Life” e “The Look Of Love”, respectivamente os songbooks de Stevie Wonder e de Burt Bacharach (este último gravado com a Metropole Orchestra e com arranjos de Vince Mendoza, disco de platina no dia do lançamento!).
Embora não sendo parceria habitual aqui estão os dois juntos, o trio de Michiel Borstlap com Trijntje Oosterhuis a cantar de forma sublime “The Man I Love”. Repare-se no controlo da voz e na forma como ela deliberadamente a enrouquece. E, mais para a frente, aquele solo lindíssimo do piano com pinceladas de Bill Evans lá pelo meio (3’28’’...).
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Time and Silence
Dei com esta cara a bordo de um avião, numa daquelas revistas de leitura distraída e ensonada, enquanto bocejamos entre a refeição ligeira e o discurso do comandante.
Fez-me despertar e registar este nome: Caroline Halley des Fontaines.
As suas fotografias mostram-nos pessoas e lugares com pessoas. Envolveu-se em organizações de defesa dos direitos humanos e viajou com elas recolhendo luz e sombras em que nem sempre reparamos.
Caroline Halley des Fontaines tem estas e outras fotografias reunidas no livro “Time and Silence” e fez-me pensar em quanto eu gostaria de fazer o mesmo.
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Depois do luxo para todos, o luxo só para alguns
Para quem não souber quem é, ele há quem diga que é a mulher mais sortuda do mundo!
(a) A nota sustida aos 3:02 é um belíssimo e potente grito desesperado.
(b) O pequeno gesto da mão dela aos 3:41 é um tudo-nada comprometido, não é?
Luxo
Chris Botti: trompete; Billy Childs: piano; James Genus: contrabaixo; Billy Kilson: bateria; orquestra dirigida por Gil Goldstein.
Chris Botti - Cinema Paradiso