terça-feira, 6 de maio de 2008

Reunião de jazz

Um dia hei-de ir vê-lo, quando (se) ele vier até cá. Chama-se Meddy Gerville, nasceu e vive na Ilha da Reunião. Optou por fazer uma fusão interessante, a do jazz com maloya, o equivalente local dos blues.



Desde o primeiro álbum (1999) consegue juntar à sua volta os melhores nomes do jazz e da fusão, franceses e mundiais: Louis Winsberg (Sixun), Nicolas Folmer (Paris Jazz Big Band), Dominique Di Piazza, Linley Marthe (Zawinul Syndicate), Michel Alibo (Sixun, Paco Sery, Nguyen Le, e talvez mais uns 300) ou, como nesta formação absolutamente fantástica,
Matthew Garrison (filho do grande Jimmy Garrison) e o portentoso cubano Horacio "El Negro" Hernandez.

Veja-se, no blues que entra ao 2:20, o fraseado do teclado e as harmonizações do baixo. E claro, a locomotiva polirrítmica do "El Negro", a partir do 2:55!



E, para termos uma ideia do que são estes sujeitos ao vivo, uma colagem de temas para se ir desfrutando. Com calma. Enquanto ele não aparece aí pela Europa. Havemos de nos encontrar.

6 comentários:

Rui disse...

que se desunham... duhss

fj disse...

pois tocam! disto gostas tu, pois pois!

Rui disse...

também... era isto ou o Zeca Afonso... que querias tu que eu dissesse?!... Aquilo que o martelocubanopneumático da bateria diz sobre as harmonias rudimentares da world music é o que eu digo há décadas do Zeca Afonso... mas baixinho... porque anda por aí orelha muito cerosa...

fj disse...

sim, é melhor que seja baixinho, baixinho...
e o que dizer sobre os abençoados 10 segundos do matthew garrison, entre os 3:29 e os 3:39?

o que seria de ti, naquele tempo, se eu tocasse assim!?

lol

Rui disse...

Se te pusesses com aquelas coisas parvas arrumava a guitarra num saco e ia sentar-me junto das pessoas só para te aplaudir à maluca no fim. Já agora, por que é que aquilo termina exactamente nos 5:00 que é quando o baixo começa a fazer uma coisa (coçar as cordas junto à ponte) que me apetecia tanto continuar a ver e ouvir... malditos.

fj disse...

é boicote aos baixistas, já estou habituado... ora vê isto:

"Ao chegar para o ensaio o maestro dá com um contrabaixista lavado em lágrimas. - Então o que se passou? pergunta ele. - Foi um colega que me desafinou uma das cordas do contrabaixo. - Ó homem, não é caso para tanto. Afine lá a corda para começarmos o ensaio. - Não posso, ele não me diz que corda foi!"