O último fim-de-semana trouxe concertos de nomes grandes do jazz. No sábado foi Tom Harrell, em quinteto – Tom Harrell (trompete; fliscorne), Wayne Escoffery (saxofone tenor), Danny Grissett (piano; Fender Rhodes), Ugonna Okegwo (contrabaixo) e Jonathan Blake (bateria).
(fj) Tom Harrel, Leiria, Setembro de 2008
É impossível ver-se um concerto de Harrell e ignorar a doença que o atormenta. O peso que ele carrega é evidente e parece ser apenas aliviado pela excelência de cada intervenção sua.
No entanto, considerando a sua condição, é também impossível não ficar surpreendido – e satisfeito – com o carácter da sua música! De facto, as composições de Tom Harrell possuem uma jovialidade e um vigor notáveis.
Serviu-me este concerto para conhecer Jonathan Blake, baterista brilhante que propulsionou todo o concerto e o decorou com o melhor dos gostos.
Ao peso da doença, Tom Harrell verga-se e parece recolher-se após cada intervenção. Mas percebe-se que não está ausente, pelo contrário, está vigilante e consciente do que o rodeia, como quem fica à escuta, na sombra.
4 comentários:
oh pá nao fazia ideia! bolas!! :S
pois é! :S
estava aqui, no video deste post.
e como já te foi evidente, eu nao o tinha visto. fi-lo agora. impressionante... :-(
ou, pelo contrário, :-) - o poder da música, já viste bem? a música como ligação do eu ao mundo. deus, que partilha tão profunda, esta. que salta das zonas obscurecidas da mente para a luz da criação.
exactamente, :-) e não :-(.
foi nessa positividade que eu pensei e por isso escrevi ter ficado "surpreendido – e satisfeito – com o carácter da sua música!".
ou, "a música a operar um milagre"!
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