sábado, 30 de agosto de 2008

Bona fide

Fomos poucos, menos de trezentos, os que em Outubro do ano passado pudemos ir a Tondela e assistir ao concerto (único naquela vinda a Portugal) de Richard Bona.

Este foi – não me cansei de na altura o dizer - um dos concertos mais fantásticos a que já assisti, um momento absolutamente maravilhoso (este "Suninga", por exemplo; é preciso estar-se preparado para se resistir a isto)!

(fj) Tondela, Outubro de 2007


A proximidade com os músicos (é de lá esta fotografia), o encontramos meia-dúzia de caras familiares e o facto de termos assistido a um concerto soberbo, fez com que quem lá tenha estado naquela noite se tenha sentido privilegiado e,
de algum modo, cúmplice daquele momento.

Um dos pontos altos dos concertos de Richard Bona é aquele em que ele fica no palco, sozinho com dois microfones e um “sampler”.

É desse momento esta gravação em Budapeste (e o video que ilustra a forma como ele o faz, neste caso em Barcelona), na qual constrói progressivamente a música sobrepondo diferentes "camadas harmónicas" (cheguei a contar 7, a maior parte com duas a três vozes em uníssono, criando o efeito de chorus que faz parecer tratar-se de um coro africano).



Na altura comentámos a perfeição com que ele o fez. A sós com a sua voz e o público, na sua simplicidade como pessoa, na forma franca como brinca com a audiência (e consigo próprio), na perfeição que atinge, Richard Bona é, naquele momento, a própria música.

5 comentários:

Anonymous disse...

Tendo sido um desses menos de trezentos privilegiados, posse confirmar tudo aquilo que escreveste.
Sublime é o termo que melhor define o concerto de Richard Bona a que assisti(mos) em Tondela.
E este foi, sem dúvida, um dos momentos mais altos. Por ser inesperado. Pela beleza da música. Pela forma perfeita como é executada. Sublime!
Obrigado pela recordação.
Anonymous Said

Anonymous disse...

Errata ao meu comentário anterior:
Onde se lê "posse" deve ler-se, obviamente, "posso".
(Sorry...)
Anonymous Said

GRAINOFSAND disse...

My friend melhor não sei dizer sobre Bona, não o vi em concerto a solo mas acompanhado do grande Pat, eu marinheiro de água doce e três lobos do mar, um deles yourself FêJê!!!! Nunca me poderei esquecer desses momentos mágicos de música!

fj disse...

Dr. Said, que privilégio foi o de assistirmos àquele concerto! Abraço.

fj disse...

grainofsand, já viste bem o que é ser-se o pat metheny, isto é, poder dar-se ao luxo de ter (tido) o richard bona como percussionista/multi-instrumentista no grupo dele? que luxo! o "bright size life" tocado por eles os dois, com o antonio sanchez na bateria, é uma memória que dificilmente esquecerei. bjs.