quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

The New Crystal Silence

Há dois músicos que tocam juntos há 35 anos e que eu nunca consegui juntar à minha frente. Já os pude ver a ambos em concerto, por mais do que uma vez, mas sempre em separado. Para quem em 1973 andava distraído com outras coisas ou ainda não podia derreter dinheiro em discos – convém dizer que a meio da década de 70 os discos ECM custavam bem mais do que quaisquer outros, à volta dos 400 paus – recorde-se que Chick Corea e Gary Burton deram início nesse ano, com a edição do álbum "Crystal Silence", a uma colaboração histórica para o jazz e que viria a tornar-se emblemática para a própria ECM.

Tenho a avisar a navegação de que foi agora editado, em comemoração destes 35 anos, "The New Crystal Silence", CD duplo onde são revisitados temas do primeiro álbum, outros do Chick Corea (“Bud Powell”, “La Fiesta”) e clássicos como “Waltz for Debby” (Bill Evans) ou “I Loves You Porgy” (George Gershwin).

Mas o que distingue este álbum é o facto de a primeira parte ter sido gravada ao vivo com a Sydney Symphony na Sydney Opera House, enquanto que o segundo disco foi registado em duo durante o festival de jazz de Molde, na Noruega. E é sobretudo este que sobressai como imaculadamente executado e gravado. A perfeição aqui é absoluta! Confirmei-o depois através disto:

The daunting challenge in presenting a live duo disc was to choose which show from its 75-concert tour to showcase. "We had scores of performances to consider, but we finally recalled the Molde show," says Corea. "Even though the piano there was unusually small, there was an extra magic happening that night, from the beginning to the end." Burton recalls that the performance space was intimate - a 400-500-person hall - and that the sound was ideal. Plus, he says, "the audience was very knowledgeable about the music we were playing. They reacted well, which makes a big difference. Chick's compositions are complicated, and because we play it from memory, on some nights we make mistakes. But this night we were infallible."”

Depois não se queixem que ninguém avisou. Quando estes dois quiserem juntar-se e tocar à minha frente estarei disponível. Enquanto isso não acontece fica aqui um aperitivo que traz outras memórias... que memórias! Se alguém precisar de referências eu dá-las-ei de bom grado.

Armando's Rhumba

2 comentários:

Anonymous disse...

por que sabes lo mucho que te quiero...

fj disse...

Si tu me trrrompes, je te tue!