quinta-feira, 24 de abril de 2008

terça-feira, 22 de abril de 2008

Praha

Vou aqui, já venho.

© Josef Koudelka, Praga, 1968

Curiosa circunstância, regressar na Primavera de Praga, ainda a tempo do 25 de Abril!

Plongée

(fj) Nova Iorque, Novembro de 1991

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Blue-eyed soul

Apesar de preferir evitar definições prontas a usar, esta assenta-lhe que nem uma luva. A ele e a mais este cd que acaba de lançar.

Sei de quem irá gostar deste álbum: quase todos os meus amigos, os de sempre e mais um punhado de outros com quem vou trocando gostos. Gostam de soul? Go for it!

Soul, soul, soul! Do bom, do melhor, tocado e cantado por quem sabe, com produção de luxo.

A não perder.

Para os que ainda não ouviram, aqui fica o antigo e incontornável 'What a fool believes', numa excelente versão ao vivo, com dois dos Doobie Brothers no palco.

Para ouvir ALTO!

domingo, 20 de abril de 2008

Prioridade ao amor (II)

'Cause I'm an ordinary angel
Winning tiny victories
And though the ordinary angels fly
Their wings weigh heavily

I try to be a daily genius
There's no idea beyond my reach
With all the angels and the geniuses
My company I'm gonna keep'
Hue and Cry, 'Ordinary Angel'

(fj) Abril de 2008

Eterno retorno

O tempo passa e às vezes quase esquecemos de onde vimos, por que gostamos de certas coisas e não de outras, com quem aprendemos, com o que crescemos.

No meu caso cresci com muito disto. Por ser tão, mas tão perfeito, ouço sempre com prazer, mas também com cada vez maior respeito. O respeito devido àqueles que, em 1972, abriam novos caminhos:
Chick Corea, piano eléctrico, Joe Farrell, sax tenor e flauta, Stanley Clarke, contrabaixo, Airto Moreira, bateria e percussão, Flora Purim, voz e percussão.

Pretérito mais que perfeito.


sábado, 19 de abril de 2008

The Jazz Machine

Uma fotografia de uma locomotiva em plena acção. Aqui está o baterista que gravou "A Love Supreme" com Coltrane. Está tudo dito, não está?

Quem o viu não esquece, quem não viu...

(fj) Elvin Jones, Lisboa, 1992

quinta-feira, 17 de abril de 2008

3 em 1 (um cocktail de portugueses, americanos e judeus russos)

Bein' Green” é uma canção de 1970 que surgiu na série “Sesame Street”, cantada por Kermit the Frog (voz de Jim Henson). Para se ter ideia da popularidade que conquistou vale a pena referir que foi gravada por Buddy Rich, Van Morrison, Diana Ross, Shirley Horn, Mark Murphy, Don Henley, Ray Charles, Frank Sinatra, Stan Kenton ou Tony Bennett! Entre outros!
 

Esta é apenas uma entre centenas de canções escritas por Joe Raposo (Joseph Guilherme Raposo Jr.), filho de portugueses, nascido em 1937, em Fall River, Massachusetts. Raposo estudou piano em Paris com Nadia Boulanger e especializou-se na escrita de música para teatro, musicais, documentários e séries de televisão.

Foi como director musical da série infantil “Sesame Street” que ganhou notoriedade e se tornou conhecido no meio artístico. Intempestivo e excêntrico, privava com os famosos e era por eles venerado. Sinatra, por exemplo, costumava referir-se a ele simplesmente como “Raposo at the piano", ou "the genius". Joe Raposo morreu em 1989 tendo recebido a Ordem do Infante D. Henrique.

Sophie Milman é filha de judeus russos. Quando tinha 7 anos a família emigrou para Israel e aos 16 seguiu para o Canadá. As suas referências musicais vêm de ouvir e acompanhar os discos do pai. Conta que quando vivia em Israel a família não tinha dinheiro suficiente para ter um rádio no carro e por isso era ela que cantava durante as viagens, numa espécie de “discos pedidos” – os pais diziam-lhe um nome e ela cantava.

Hoje vive e estuda em Toronto e o seu segundo cd acaba de receber o prémio para Vocal Jazz Album of the Year no Canadá.

Gosto e recomendo.

No tema “Bein' Green”, canção de Joe Raposo para a série infantil “Sesame Street”, Sophie Milman.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Guilty pleasures

Bom, vá lá, este é um pouco menos 'guilty', não? ... o arranjo para a orquestra e piano são soberbos.

Mágicos

Steve Swallow e Paul Motian, nos Jardins de Serralves, num Domingo de Agosto de 1996.
Com eles um ainda quase rapazinho chamado Potter, Chris Potter, ainda a aprender a ser mágico. Os mestres sabem bem quem chamar para o seu lado. Hoje também ele é mágico.

(fj) Porto, Agosto de 1996

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Rossio

(fj) Lisboa, 1993

Fantasmas

Artigo interessante este - e o áudio também - do New York Times, acerca de Nhem En, o homem que entre 1975 e 1979 fotografou milhares de pessoas, uma a uma, à sua chegada à mais célebre prisão e centro de tortura que o regime de Pol Pot criou. Instalada naquilo que era o liceu Tuol Sleng em Phnom Penh, a Security Prison 21 (S-21) está hoje transformada no Tuol Sleng Genocide Museum.

Nhem En juntou-se aos Khmer Vermelhos aos 9 anos e aos 16 foi enviado para a China para aí aprender fotografia. No âmbito do processo de julgamento por crimes contra a humanidade de alguns dos responsáveis do regime Khmer, Nhem En foi chamado como testemunha e os milhares de fotos que tirou são agora documentos do processo.

O número de pessoas que passaram pela S-21 é incerto – e a sua exactidão deixa de fazer sentido quando se fala de extermínio – mas estima-se que entre 14.000 a 20.000 pessoas tenham sido aí torturadas e mortas ou então interrogadas e depois enviadas para os “killing fields”.

Quando Nhem En lhes retirava dos olhos a venda que traziam, os recém-chegados perguntavam-lhe onde estavam, o que faziam ali, de que eram acusados. Nhem En nada lhes respondia, limitando-se a pedir-lhes que olhassem de frente para a camara, para depois os deixar nas mãos dos seus algozes.

Como explica Nhem En, "The duty of the photographer was just to take the picture". Agora são fantasmas que regressam.

sábado, 12 de abril de 2008

Leonardo gostaria disto

Apaixonado por ciência e arte, começou por abandonar a primeira para se dedicar à segunda. Com formação em engenharia e apaixonado pela arte, a sua mente não deixa de ir buscar à ciência suporte para levar mais longe a sua criatividade.

Baseado em Delft, na Holanda, Theo Jansen criou em 1980 um disco voador com o qual levou a população local à beira de outra guerra dos mundos. Mais tarde criou um robot para a execução de graffitis. A partir dos anos 80 começou a interessar-se por algoritmos de simulação de vida artificial (AI, uma das mais interessantes especializações científicas).

No início dos anos 90 começou a desenvolver o projecto a que chama strandbeest, o qual prolonga conceitos ligados à "kinetic art".

O TED já o mostrou e vale a pena conhecer.

Sem título

(fj) Figueira da Foz, Março de 2008

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Cavaquinhos e bandolins

... ou as fantásticas histórias das viagens à volta do Mundo de dois cordofones tradicionais.

Tour de force
nº 1 para cavaquinho (ukulele),
Jake Shimabukuro



Tour de force nº 2 para bandolim,
Hamilton de Holanda