Será o que vou dizer é uma heresia? É o meu sentir perante a nossa bandeira. Desculpem. Nunca gostei dela, graficamente falando (gosto muito de ser portuguesa) A nossa bandeira espelhou sempre, em mim, o sentimento de uma história não assumida, do fado de se ser como se é, sem a coragem para mudar. É a permanente esperança (o verde)do irremediavelmente perdido. O sangue derramado nas batalhas ( o vermelho) a morbidez (parece que foi só este povo, as quinas porque os mouros - muçulmanos - eram/são hereges, os castelos de uma monarquia ou republica mal resolvida, a esfera armilar quase escondida, para não nos lembrarmos que morríamos há fome. A nossa bandeira deveria ser azul, da cor do mar cheio de horizontes e... pronto, umas papoilas :-)
lucubrina, obrigado pelos comentários. eu percebo - ou julgo perceber - alguns desses sentimentos. também sempre senti em relação a portugal sentimentos contrastantes. ao conhecer outras realidades fui aumentando a estima (chamo-lhe assim) que tenho por este país. actualmente vou tentando perdoar-lhe muitas das coisas de que não gosto nele. mas da bandeira não gosto - nem desgosto. esteticamente é-me totalmente indiferente e não procuro nela grandes simbolismos. apenas a fotografei e publiquei por ser o que é, e por ter gostado de a ver, ali, contra o céu e as nuvens. afinal, deu um boneco bonito - 'penso eu de que'.
rui, tinha-o lido já, com interesse, por ser de quem é. exemplos, precisam-se, urgentemente. para quem não sabe, estão aqui ao lado, no postal - um verbário
Sim as palavras de António Barreto, a referência que ele faz a outros portugueses, começando por Camões (tive uma boa professora de português que me fez ler as entre linhas dos Lusíadas) fazem com que eu não mude de nacionalidade e tenha grande orgulho em ser portuguesa. Mesmo por vezes desgostosa, não há POVO como este. O pior (com excepções, e algumas grandes)foram/são os políticos. Os portugueses já deram mais que provas, durante estes séculos de existência, que a sua apatia é falsa. Quando pisado até ao limite de dizer chega, ninguém o pára. Depois, virtude ou defeito, desde que chegue até ao final do mês, baloiça com o seu gozo de viver um dia de cada vez.
Uma emenda ao que escrevi anteriormente, para além de faltar um fecho de parênteses. O "há" fome (ela existe, na verdade) mas aqui é sem "h" Lapsus ortográfico em consonância com a realidade.
E fj, como lhe disse logo a seguir, a fotografia está muito boa.
Não tenho qualquer fascínio pelo António Barreto, confesso-te. Tenho é pela prosa que ele trouxe para as comemorações deste ano. Uma preciosidade. Também tem direito, o homem a escrever uma coisa muito bem e lê-la no mais oportuno e exacto dos contextos.
7 comentários:
Será o que vou dizer é uma heresia?
É o meu sentir perante a nossa bandeira. Desculpem.
Nunca gostei dela, graficamente falando (gosto muito de ser portuguesa)
A nossa bandeira espelhou sempre, em mim, o sentimento de uma história não assumida, do fado de se ser como se é, sem a coragem para mudar.
É a permanente esperança (o verde)do irremediavelmente perdido.
O sangue derramado nas batalhas ( o vermelho) a morbidez (parece que foi só este povo, as quinas porque os mouros - muçulmanos - eram/são hereges, os castelos de uma monarquia ou republica mal resolvida, a esfera armilar quase escondida, para não nos lembrarmos que morríamos há fome.
A nossa bandeira deveria ser azul, da cor do mar cheio de horizontes e... pronto, umas papoilas :-)
Ah!!!
A fotografia tá muito boa, esteticamente falando :-)
lucubrina,
obrigado pelos comentários. eu percebo - ou julgo perceber - alguns desses sentimentos. também sempre senti em relação a portugal sentimentos contrastantes. ao conhecer outras realidades fui aumentando a estima (chamo-lhe assim) que tenho por este país. actualmente vou tentando perdoar-lhe muitas das coisas de que não gosto nele.
mas da bandeira não gosto - nem desgosto. esteticamente é-me totalmente indiferente e não procuro nela grandes simbolismos. apenas a fotografei e publiquei por ser o que é, e por ter gostado de a ver, ali, contra o céu e as nuvens. afinal, deu um boneco bonito - 'penso eu de que'.
Creio que a melhor forma de responder a todas essas ansiedades é ler o discurso do António Barreto.
rui,
tinha-o lido já, com interesse, por ser de quem é.
exemplos, precisam-se, urgentemente. para quem não sabe, estão aqui ao lado, no postal - um verbário
Sim as palavras de António Barreto, a referência que ele faz a outros portugueses, começando por Camões (tive uma boa professora de português que me fez ler as entre linhas dos Lusíadas) fazem com que eu não mude de nacionalidade e tenha grande orgulho em ser portuguesa. Mesmo por vezes desgostosa, não há POVO como este. O pior (com excepções, e algumas grandes)foram/são os políticos.
Os portugueses já deram mais que provas, durante estes séculos de existência, que a sua apatia é falsa. Quando pisado até ao limite de dizer chega, ninguém o pára. Depois, virtude ou defeito, desde que chegue até ao final do mês, baloiça com o seu gozo de viver um dia de cada vez.
Uma emenda ao que escrevi anteriormente, para além de faltar um fecho de parênteses.
O "há" fome (ela existe, na verdade) mas aqui é sem "h" Lapsus ortográfico em consonância com a realidade.
E fj, como lhe disse logo a seguir, a fotografia está muito boa.
Não tenho qualquer fascínio pelo António Barreto, confesso-te. Tenho é pela prosa que ele trouxe para as comemorações deste ano. Uma preciosidade. Também tem direito, o homem a escrever uma coisa muito bem e lê-la no mais oportuno e exacto dos contextos.
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