Fomos poucos, menos de trezentos, os que em Outubro do ano passado pudemos ir a Tondela e assistir ao concerto (único naquela vinda a Portugal) de Richard Bona.
Este foi – não me cansei de na altura o dizer - um dos concertos mais fantásticos a que já assisti, um momento absolutamente maravilhoso (este "Suninga", por exemplo; é preciso estar-se preparado para se resistir a isto)!
(fj) Tondela, Outubro de 2007
A proximidade com os músicos (é de lá esta fotografia), o encontramos meia-dúzia de caras familiares e o facto de termos assistido a um concerto soberbo, fez com que quem lá tenha estado naquela noite se tenha sentido privilegiado e, de algum modo, cúmplice daquele momento.
Um dos pontos altos dos concertos de Richard Bona é aquele em que ele fica no palco, sozinho com dois microfones e um “sampler”.
É desse momento esta gravação em Budapeste (e o video que ilustra a forma como ele o faz, neste caso em Barcelona), na qual constrói progressivamente a música sobrepondo diferentes "camadas harmónicas" (cheguei a contar 7, a maior parte com duas a três vozes em uníssono, criando o efeito de chorus que faz parecer tratar-se de um coro africano).
Na altura comentámos a perfeição com que ele o fez. A sós com a sua voz e o público, na sua simplicidade como pessoa, na forma franca como brinca com a audiência (e consigo próprio), na perfeição que atinge, Richard Bona é, naquele momento, a própria música.
sábado, 30 de agosto de 2008
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Jacko
Goste-se muito ou pouco da sua música, o facto é que Michael Jackson, apesar de ter a sua carreira irremediavelmente afectada, continua a deter a marca do álbum mais vendido de sempre.
Goste-se muito ou pouco da pessoa, o facto é que há dois álbuns na sua discografia – “Off The Wall” e “Thriller” – que são obras de génio e que se tornaram marcos na história da música.
Bem sei que muito desse génio foi o de Quincy Jones e de Rod Temperton, respectivamente o produtor e o compositor de vários dos êxitos incluídos nestes dois álbuns – "Rock with You", "Off the Wall", "Burn This Disco Out", "Baby Be Mine", "The Lady In My Life" e o próprio "Thriller".
Mas, no que respeita à autoria das músicas, Michael Jackson leva a melhor nas contas dos dois álbuns. Num total de 19 temas compôs 8, entre os quais os fantásticos "Don't Stop 'til You Get Enough", "Wanna Be Startin' Somethin'", "The Girl Is Mine", "Beat It" e "Billie Jean".
Sempre interessante é perceber o processo criativo associado aos artistas e a esse propósito é de “Billie Jean” esta ‘home demo’, de 1981, uma das tentativas de Michael Jackson de criar letra (e melodia) para a música que já estava próxima da sua forma final.
Goste-se muito ou pouco da pessoa, Michael Jackson faz hoje 50 anos.
Ou, como li algures, pelo menos partes dele fazem.
Goste-se muito ou pouco da pessoa, o facto é que há dois álbuns na sua discografia – “Off The Wall” e “Thriller” – que são obras de génio e que se tornaram marcos na história da música.
Bem sei que muito desse génio foi o de Quincy Jones e de Rod Temperton, respectivamente o produtor e o compositor de vários dos êxitos incluídos nestes dois álbuns – "Rock with You", "Off the Wall", "Burn This Disco Out", "Baby Be Mine", "The Lady In My Life" e o próprio "Thriller".
Mas, no que respeita à autoria das músicas, Michael Jackson leva a melhor nas contas dos dois álbuns. Num total de 19 temas compôs 8, entre os quais os fantásticos "Don't Stop 'til You Get Enough", "Wanna Be Startin' Somethin'", "The Girl Is Mine", "Beat It" e "Billie Jean".
Sempre interessante é perceber o processo criativo associado aos artistas e a esse propósito é de “Billie Jean” esta ‘home demo’, de 1981, uma das tentativas de Michael Jackson de criar letra (e melodia) para a música que já estava próxima da sua forma final.
Goste-se muito ou pouco da pessoa, Michael Jackson faz hoje 50 anos.
Ou, como li algures, pelo menos partes dele fazem.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
BR6, cinco brasileiros mais uma
Chamam-se BR6, são brasileiros e são 6, cinco homens e uma mulher. Cantam a cappella e citam como influências os Cariocas, Quarteto em Cy e, claro, Take 6.
Mas o melhor de tudo é que cantam bem, com harmonias e arranjos interessantes e bem arquitectados, em número mais do que suficiente.
Dois discos editados, o primeiro chama-se “Música Popular Brasileira A Cappella” e trouxe-lhes de imediato os já conhecidos prémios internacionais para música a capella.
O segundo álbum chama-se “Here To Stay - Gershwin & Jobim” e é dele este “Waters of March - Rhapsody in Blue”, um interessantíssimo mash-up dos dois clássicos de Jobim e Gershwin.
Está para breve um terceiro álbum. Aguardemos, portanto.
Mas o melhor de tudo é que cantam bem, com harmonias e arranjos interessantes e bem arquitectados, em número mais do que suficiente.
Dois discos editados, o primeiro chama-se “Música Popular Brasileira A Cappella” e trouxe-lhes de imediato os já conhecidos prémios internacionais para música a capella.
O segundo álbum chama-se “Here To Stay - Gershwin & Jobim” e é dele este “Waters of March - Rhapsody in Blue”, um interessantíssimo mash-up dos dois clássicos de Jobim e Gershwin.
Está para breve um terceiro álbum. Aguardemos, portanto.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Duas marchas (não populares)
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
"Toots can make a stone cry, or smile, or both"
Quem colocou este video no youtube escreveu muitíssimo bem: "... Toots can make a stone cry, or smile, or both".
Quincy Jones + Toots Thielemans + WDR Big Band, é tudo lindo, lindo. Até à dissonância do derradeiro acorde!
"Eyes Of Love", tema do filme "The Getaway", de 1972.
Quincy Jones + Toots Thielemans + WDR Big Band, é tudo lindo, lindo. Até à dissonância do derradeiro acorde!
"Eyes Of Love", tema do filme "The Getaway", de 1972.
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Veio-me um arrepio
A possibilidade da existência de fenómenos físicos e químicos como aqueles que se passam num cérebro humano, capazes de produzir uma performance como esta, é algo que não pode deixar de nos maravilhar!
(ou a capacidade da mente humana de transformar algo desinteressante num momento sublime)
Nina Simone, em 1976, ao vivo no Festival de Jazz de Montreux. (veio à rede graças à ssv).
(ou a capacidade da mente humana de transformar algo desinteressante num momento sublime)
Nina Simone, em 1976, ao vivo no Festival de Jazz de Montreux. (veio à rede graças à ssv).
sábado, 16 de agosto de 2008
Porque hoje é Sábado
Não tinha planeado o regresso deste blogue nem hoje nem desta maneira. Acontece que as notícias correm e algumas delas nos tocam especialmente.
Dorival Caymmi é daqueles compositores acerca dos quais as palavras são (serão) sempre escassas. Deixo-as para os que as sabem escrever melhor do que eu.
Direi apenas que ele é um dos compositores e músicos cujo universo musical me é mais querido, que mais me serviu como pilar e que memórias mais primevas me traz.
Seja esta a minha homenagem - recordá-las hoje.
Talvez porque hoje é Sábado, Dorival Caymmi morreu.
Dorival Caymmi é daqueles compositores acerca dos quais as palavras são (serão) sempre escassas. Deixo-as para os que as sabem escrever melhor do que eu.
Direi apenas que ele é um dos compositores e músicos cujo universo musical me é mais querido, que mais me serviu como pilar e que memórias mais primevas me traz.
Seja esta a minha homenagem - recordá-las hoje.
Talvez porque hoje é Sábado, Dorival Caymmi morreu.
Subscrever:
Mensagens (Atom)