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Nesta mapa não há fronteiras. E isto não é uma metáfora, é a realidade que esta imagem de sintese nos mostra. Criada por um técnico estagiário de bases de dados no
Facebook, foi feita a partir de uma amostra de "apenas" 10.000.000 de ligações de entre os seus mais de 500 milhões de inscritos.
Aquilo que parecem ser contornos geográficos e fronteiras na realidade não o são – tratam-se apenas de linhas que representam conexões a serem realizadas entre utilizadores!
Os leitores da Time tinham escolhido Julian Assange para Pessoa do Ano de 2010. Em vez dele, os editores da revista preferiram eleger Mark Zuckerberg e nomearam Assange para Pessoa (não grata) do Ano. Suspeita-se porquê.
Já depois de conhecidas estas nomeações, o Facebook anunciou que irá passar a permitir fazer o reconhecimento facial a partir das fotografias carregadas pelos utilizadores. Começa assim (ou melhor, continua) a tomar forma uma das maiores – na verdade a maior – base de dados da população mundial. E alimentada por quem? Pelos seus próprios utilizadores.
Não pertenço ao mundo do Facebook e, por várias ordens de razões, pretendo não vir a fazer. Também não me interessa o fenómeno enquanto instrumento de comunicação. Mas, quer queiramos quer não, o nosso mundo – sendo o nosso mundo todos os outros – a maneira como está a ser reorganizado e a percepção que temos dele estão em mudança!
Esta imagem é
o mundo segundo o Facebook. Ou será segundo Zuckerberg?