domingo, 6 de setembro de 2009

Como melhor explicar a política às crianças: um caso prático

Há já muito, muito tempo, a minha filha começou a perguntar-me quando é que afinal teremos cá em casa um dos tais computadores a que, caso o quisessem, as crianças em Portugal poderiam vir a ter acesso.

Mais de um ano passou e alguns milhares de crianças portuguesas - e muitas outras venezuelanas - receberam os seus "Magalhães". Cá por casa, nada.

Na edição online do Público leio hoje que, de acordo com uma fonte do Plano Tecnológico da Educação (PTE), "A manutenção dos programas e-escolinhas e e-escola, que permitem aos alunos comprar um computador com ligação à Internet - o famoso Magalhães para os estudantes do 1.º ciclo e os portáteis para os restantes, do 2.º ciclo ao secundário -, está dependente dos resultados das eleições legislativas e de quem será o novo Governo".

Assim, quando a minha filha me voltar a questionar sobre este assunto dir-lhe-ei a verdade, sem rodeios, que mesmo que não a compreenda agora, lhe permitirá mais facilmente vir a perceber as "verdades" da política.

E nós, os mais velhos, compreendemos assim melhor como é que cedo se começa a instalar a descrença nos políticos.

6 comentários:

Lucubrina disse...

Que tenham descrença nos políticos até não faz assim tão mal.
Deitam todos estes fora e fazem nova revolução.
O problema é que a descrença alastra para todos os adultos, para os sonhos e para o futuro.

Rui disse...

Percebo bem o que diz a Lucubrina, mas não posso concordar nunca com esa ideia pela qual a política e os políticos... (preencher esta parte com insultos a gosto pessoal). Aquilo que importa é que a B compreenda é que devemos defender as nossas ideias sobretudo quando se percebe, como ela percebeu, que há leis injustas que precisam ser.

Rui disse...

reparadas. (faltou isto)

Cão disse...

Precisam ser - bastava.

fj disse...

amigos,

de facto eu não acharia problema nenhum em que se instalasse a descrença 'nestes' políticos, se tivesse outros.

acho que estamos de acordo - resta-nos remediar os males e ir reparando como podemos.

Lucubrina disse...

Rui eu disse políticos e não política.
E mesmo os políticos... "preencher esta parte com insultos a gosto pessoal" os que prometem e não cumprem.
Saudações