quinta-feira, 24 de abril de 2008
terça-feira, 22 de abril de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Blue-eyed soul
Apesar de preferir evitar definições prontas a usar, esta assenta-lhe que nem uma luva. A ele e a mais este cd que acaba de lançar.
Sei de quem irá gostar deste álbum: quase todos os meus amigos, os de sempre e mais um punhado de outros com quem vou trocando gostos. Gostam de soul? Go for it!
Soul, soul, soul! Do bom, do melhor, tocado e cantado por quem sabe, com produção de luxo.
A não perder.
Para os que ainda não ouviram, aqui fica o antigo e incontornável 'What a fool believes', numa excelente versão ao vivo, com dois dos Doobie Brothers no palco.
Para ouvir ALTO!
Sei de quem irá gostar deste álbum: quase todos os meus amigos, os de sempre e mais um punhado de outros com quem vou trocando gostos. Gostam de soul? Go for it!
Soul, soul, soul! Do bom, do melhor, tocado e cantado por quem sabe, com produção de luxo.
A não perder.
Para os que ainda não ouviram, aqui fica o antigo e incontornável 'What a fool believes', numa excelente versão ao vivo, com dois dos Doobie Brothers no palco.
Para ouvir ALTO!
domingo, 20 de abril de 2008
Prioridade ao amor (II)
Eterno retorno
O tempo passa e às vezes quase esquecemos de onde vimos, por que gostamos de certas coisas e não de outras, com quem aprendemos, com o que crescemos.
No meu caso cresci com muito disto. Por ser tão, mas tão perfeito, ouço sempre com prazer, mas também com cada vez maior respeito. O respeito devido àqueles que, em 1972, abriam novos caminhos: Chick Corea, piano eléctrico, Joe Farrell, sax tenor e flauta, Stanley Clarke, contrabaixo, Airto Moreira, bateria e percussão, Flora Purim, voz e percussão.
Pretérito mais que perfeito.
No meu caso cresci com muito disto. Por ser tão, mas tão perfeito, ouço sempre com prazer, mas também com cada vez maior respeito. O respeito devido àqueles que, em 1972, abriam novos caminhos: Chick Corea, piano eléctrico, Joe Farrell, sax tenor e flauta, Stanley Clarke, contrabaixo, Airto Moreira, bateria e percussão, Flora Purim, voz e percussão.
Pretérito mais que perfeito.
sábado, 19 de abril de 2008
The Jazz Machine
quinta-feira, 17 de abril de 2008
3 em 1 (um cocktail de portugueses, americanos e judeus russos)
Esta é apenas uma entre centenas de canções escritas por Joe Raposo (Joseph Guilherme Raposo Jr.), filho de portugueses, nascido em 1937,
Foi como director musical da série infantil “Sesame Street” que ganhou notoriedade e se tornou conhecido no meio artístico. Intempestivo e excêntrico, privava com os famosos e era por eles venerado. Sinatra, por exemplo, costumava referir-se a ele simplesmente como “Raposo at the piano", ou "the genius". Joe Raposo morreu em 1989 tendo recebido a Ordem do Infante D. Henrique.
Sophie Milman é filha de judeus russos. Quando tinha 7 anos a família emigrou para Israel e aos 16 seguiu para o Canadá. As suas referências musicais vêm de ouvir e acompanhar os discos do pai. Conta que quando vivia em Israel a família não tinha dinheiro suficiente para ter um rádio no carro e por isso era ela que cantava durante as viagens, numa espécie de “discos pedidos” – os pais diziam-lhe um nome e ela cantava.
Hoje vive e estuda em Toronto e o seu segundo cd acaba de receber o prémio para Vocal Jazz Album of the Year no Canadá.
Gosto e recomendo.
No tema “Bein' Green”, canção de Joe Raposo para a série infantil “Sesame Street”, Sophie Milman.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Guilty pleasures
Bom, vá lá, este é um pouco menos 'guilty', não? ... o arranjo para a orquestra e piano são soberbos.
Mágicos
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Fantasmas
Artigo interessante este - e o áudio também - do New York Times, acerca de Nhem En, o homem que entre 1975 e 1979 fotografou milhares de pessoas, uma a uma, à sua chegada à mais célebre prisão e centro de tortura que o regime de Pol Pot criou. Instalada naquilo que era o liceu Tuol Sleng em Phnom Penh, a Security Prison 21 (S-21) está hoje transformada no Tuol Sleng Genocide Museum.
Nhem En juntou-se aos Khmer Vermelhos aos 9 anos e aos 16 foi enviado para a China para aí aprender fotografia. No âmbito do processo de julgamento por crimes contra a humanidade de alguns dos responsáveis do regime Khmer, Nhem En foi chamado como testemunha e os milhares de fotos que tirou são agora documentos do processo.
O número de pessoas que passaram pela S-21 é incerto – e a sua exactidão deixa de fazer sentido quando se fala de extermínio – mas estima-se que entre 14.000 a 20.000 pessoas tenham sido aí torturadas e mortas ou então interrogadas e depois enviadas para os “killing fields”.
Quando Nhem En lhes retirava dos olhos a venda que traziam, os recém-chegados perguntavam-lhe onde estavam, o que faziam ali, de que eram acusados. Nhem En nada lhes respondia, limitando-se a pedir-lhes que olhassem de frente para a camara, para depois os deixar nas mãos dos seus algozes.
Como explica Nhem En, "The duty of the photographer was just to take the picture". Agora são fantasmas que regressam.
Nhem En juntou-se aos Khmer Vermelhos aos 9 anos e aos 16 foi enviado para a China para aí aprender fotografia. No âmbito do processo de julgamento por crimes contra a humanidade de alguns dos responsáveis do regime Khmer, Nhem En foi chamado como testemunha e os milhares de fotos que tirou são agora documentos do processo.
O número de pessoas que passaram pela S-21 é incerto – e a sua exactidão deixa de fazer sentido quando se fala de extermínio – mas estima-se que entre 14.000 a 20.000 pessoas tenham sido aí torturadas e mortas ou então interrogadas e depois enviadas para os “killing fields”.
Quando Nhem En lhes retirava dos olhos a venda que traziam, os recém-chegados perguntavam-lhe onde estavam, o que faziam ali, de que eram acusados. Nhem En nada lhes respondia, limitando-se a pedir-lhes que olhassem de frente para a camara, para depois os deixar nas mãos dos seus algozes.
Como explica Nhem En, "The duty of the photographer was just to take the picture". Agora são fantasmas que regressam.
sábado, 12 de abril de 2008
Leonardo gostaria disto
Apaixonado por ciência e arte, começou por abandonar a primeira para se dedicar à segunda. Com formação em engenharia e apaixonado pela arte, a sua mente não deixa de ir buscar à ciência suporte para levar mais longe a sua criatividade.
Baseado em Delft, na Holanda, Theo Jansen criou em 1980 um disco voador com o qual levou a população local à beira de outra guerra dos mundos. Mais tarde criou um robot para a execução de graffitis. A partir dos anos 80 começou a interessar-se por algoritmos de simulação de vida artificial (AI, uma das mais interessantes especializações científicas).
No início dos anos 90 começou a desenvolver o projecto a que chama strandbeest, o qual prolonga conceitos ligados à "kinetic art".
O TED já o mostrou e vale a pena conhecer.
Baseado em Delft, na Holanda, Theo Jansen criou em 1980 um disco voador com o qual levou a população local à beira de outra guerra dos mundos. Mais tarde criou um robot para a execução de graffitis. A partir dos anos 80 começou a interessar-se por algoritmos de simulação de vida artificial (AI, uma das mais interessantes especializações científicas).
No início dos anos 90 começou a desenvolver o projecto a que chama strandbeest, o qual prolonga conceitos ligados à "kinetic art".
O TED já o mostrou e vale a pena conhecer.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Cavaquinhos e bandolins
... ou as fantásticas histórias das viagens à volta do Mundo de dois cordofones tradicionais.
Tour de force nº 1 para cavaquinho (ukulele),
Jake Shimabukuro
Tour de force nº 2 para bandolim,
Hamilton de Holanda
Tour de force nº 1 para cavaquinho (ukulele),
Jake Shimabukuro
Tour de force nº 2 para bandolim,
Hamilton de Holanda
Labels:
bandolim,
cavaquinho,
hamilton de holanda,
jake shimabukuro,
música
Desesperar Jamais
daquilo que eu sei, no novo tempo, às vezes tudo é lindo, às vezes tudo engana, mas... apesar dos castigos, a vida pode ser maravilhosa. depois dos temporais, p’ra nos socorrer, a felicidade há de se espalhar, com toda intensidade. vai valer a pena ter amanhecido, ter sobrevivido. sem nevoeiros, tormentas, sequer um revés, depende de nós! desesperar jamais.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Wild
Sei que ao sugerir estas duas audições estou a pisar terreno onde me movo com dificuldade. Quando comprei este cd fi-lo por influência de quem sabe mais do que eu. Não direi se as interpretações são boas ou más, apenas que gosto de Earl Wild a tocar as suas próprias transcrições de Gershwin.
A longevidade da carreira de Wild é notável - nasceu em 1915 e em 2005 deu um recital no Carnegie Hall, o "90th birthday concert". Nada mau!
É conhecido tanto pelas suas transcrições de música clássica e de jazz como o é pelo seu virtuosismo. É reconhecido por quem sabe. Eu apenas gosto.
A longevidade da carreira de Wild é notável - nasceu em 1915 e em 2005 deu um recital no Carnegie Hall, o "90th birthday concert". Nada mau!
É conhecido tanto pelas suas transcrições de música clássica e de jazz como o é pelo seu virtuosismo. É reconhecido por quem sabe. Eu apenas gosto.
saravá
Já lá vão quase duas semanas sem que tenha aqui dado conta do concerto que vi do Joel Xavier.
O Joel tem novo disco – “saravá”! Embora a apresentação esteja marcada só para Maio, no Teatro da Trindade em Lisboa, ele já anda por aí, país afora, espalhando proactivamente a boa nova (ahh,... como eu gosto do jargão tecnocrático, dá-nos um ar sempre tão credível!).
Ao que interessa: o novo álbum e concerto assentam num trio: ele, armado de Gibson ES175, + um baixo 5 string fretless + uma bateria minimalista (ver comentários mais à frente). Como sugerido pelo título, todo o álbum é inspirado na música e ritmos brasileiros/africanos.
O Joel é simpático, toca bem, e sobre isso estamos esclarecidos. Já lhe comprei dois discos (destaque para Lusitano, com Richard Galliano) e para além das qualidades evidentes atestam a seu favor as colaborações abundantes com “pesos pesados” do jazz do mundo.
Através dos previews que tinha procurado antes do concerto tinha ficado já com uma ou duas impressões:
Impressão primeira: o Joel é rápido mas não deve (não precisa de) continuar a querer demonstrá-lo e a fazer disso cavalo de batalha. Até porque a rapidez dele é frequentemente trapalhona. Em tempos menos rápidos ou em notas que vão até às 1/16ths, tudo vai bem. A partir daí perde-se ele e, por arrasto, a definição das notas e o tino do discurso.
Impressão segunda: o Joel é rápido e tem um scat excelente. Mas é de notar como a beleza e a consistência do fraseado só se sentem verdadeiramente quando passa do solo simples para o solo+scat. Que diferença! Ao “cantar”, o discurso passa a ser bonito e consistente. Inesperado, mas com uma lógica construtiva.
Impressão extra: o Joel faz-se acompanhar por uma secção rítmica de brasileiros residentes em Portugal (mais uma). Se por um lado o baixista (Gustavo Roriz) me deixou indiferente, por outro é necessário lançar aqui um alerta acerca do baterista!
Este indivíduo – Milton Batera – requer toda a atenção e deve passar a ser vigiado de perto. Em primeiro lugar ele aparenta modéstia, recorrendo a um set de bateria minimalista: além do bombo, da tarola e dos pratos de choque, utiliza 1 tambor (um). De resto tem 2 pratos - 1 ride e 1 crash - mais um ou outro artefacto de percussão.
Mas não vos deixais iludir! Este homem sabe preencher a música com uma subtileza notável, ao mesmo tempo que, se necessário, se torna numa locomotiva, numa quase completa “bateria” de percussões de escola de samba.
Em resumo, concerto é sempre concerto, mas continuo a preferir o álbum Lusitano, agora enriquecido pela dedicatória do próprio Joel, aposta precisamente sobre a cara do pobre Galliano...
Continuo a lamentar não o ter visto no ano passado na Figueira, com o Ron Carter. Shame on me...
O Joel tem novo disco – “saravá”! Embora a apresentação esteja marcada só para Maio, no Teatro da Trindade em Lisboa, ele já anda por aí, país afora, espalhando proactivamente a boa nova (ahh,... como eu gosto do jargão tecnocrático, dá-nos um ar sempre tão credível!).
Ao que interessa: o novo álbum e concerto assentam num trio: ele, armado de Gibson ES175, + um baixo 5 string fretless + uma bateria minimalista (ver comentários mais à frente). Como sugerido pelo título, todo o álbum é inspirado na música e ritmos brasileiros/africanos.
O Joel é simpático, toca bem, e sobre isso estamos esclarecidos. Já lhe comprei dois discos (destaque para Lusitano, com Richard Galliano) e para além das qualidades evidentes atestam a seu favor as colaborações abundantes com “pesos pesados” do jazz do mundo.
Através dos previews que tinha procurado antes do concerto tinha ficado já com uma ou duas impressões:
Impressão primeira: o Joel é rápido mas não deve (não precisa de) continuar a querer demonstrá-lo e a fazer disso cavalo de batalha. Até porque a rapidez dele é frequentemente trapalhona. Em tempos menos rápidos ou em notas que vão até às 1/16ths, tudo vai bem. A partir daí perde-se ele e, por arrasto, a definição das notas e o tino do discurso.
Impressão segunda: o Joel é rápido e tem um scat excelente. Mas é de notar como a beleza e a consistência do fraseado só se sentem verdadeiramente quando passa do solo simples para o solo+scat. Que diferença! Ao “cantar”, o discurso passa a ser bonito e consistente. Inesperado, mas com uma lógica construtiva.
Impressão extra: o Joel faz-se acompanhar por uma secção rítmica de brasileiros residentes em Portugal (mais uma). Se por um lado o baixista (Gustavo Roriz) me deixou indiferente, por outro é necessário lançar aqui um alerta acerca do baterista!
Este indivíduo – Milton Batera – requer toda a atenção e deve passar a ser vigiado de perto. Em primeiro lugar ele aparenta modéstia, recorrendo a um set de bateria minimalista: além do bombo, da tarola e dos pratos de choque, utiliza 1 tambor (um). De resto tem 2 pratos - 1 ride e 1 crash - mais um ou outro artefacto de percussão.
Mas não vos deixais iludir! Este homem sabe preencher a música com uma subtileza notável, ao mesmo tempo que, se necessário, se torna numa locomotiva, numa quase completa “bateria” de percussões de escola de samba.
Em resumo, concerto é sempre concerto, mas continuo a preferir o álbum Lusitano, agora enriquecido pela dedicatória do próprio Joel, aposta precisamente sobre a cara do pobre Galliano...
Continuo a lamentar não o ter visto no ano passado na Figueira, com o Ron Carter. Shame on me...
quarta-feira, 9 de abril de 2008
9 de Abril de 1860
Um grupo de investigadores deu-nos agora a possibilidade de ouvir o mais antigo registo sonoro conhecido. Esta gravação - se assim lhe podemos chamar - foi feita pelo francês Édouard-Léon Scott de Martinville através da utilização de um fonautógrafo, aparelho que ele próprio criou.
O fonautógrafo - aparelho que conseguia gravar uma "imagem" do som mas não permitia a sua reprodução - era composto por uma campânula que captava o som e conduzia a vibração do ar até uma membrana. A esta ficava presa uma agulha cuja vibração resultante riscava então o negro de fumo depositado sobre a superfície de um cilindro rotativo - no fundo, uma espécie de "sismógrafo sonoro".
No dia 9 de Abril de 1860, Leon Scott registou a voz de alguém cantando "Au Clair de la Lune". Com o recurso a computadores, o que estes investigadores agora fizeram foi traduzir para som sintetizado as fotografias de alta resolução tiradas aos cilindros fumados que estão à guarda da Academia de Ciências em Paris.
Como referência aqui fica primeiro uma versão moderna de "Au Clair de la Lune" e depois esses 10 segundos históricos, agora tornados ''o primeiro som".
O fonautógrafo - aparelho que conseguia gravar uma "imagem" do som mas não permitia a sua reprodução - era composto por uma campânula que captava o som e conduzia a vibração do ar até uma membrana. A esta ficava presa uma agulha cuja vibração resultante riscava então o negro de fumo depositado sobre a superfície de um cilindro rotativo - no fundo, uma espécie de "sismógrafo sonoro".
No dia 9 de Abril de 1860, Leon Scott registou a voz de alguém cantando "Au Clair de la Lune". Com o recurso a computadores, o que estes investigadores agora fizeram foi traduzir para som sintetizado as fotografias de alta resolução tiradas aos cilindros fumados que estão à guarda da Academia de Ciências em Paris.
Como referência aqui fica primeiro uma versão moderna de "Au Clair de la Lune" e depois esses 10 segundos históricos, agora tornados ''o primeiro som".
terça-feira, 8 de abril de 2008
Fame
Formou o seu próprio grupo, os "The Blue Flames". Atingiu os topos das tabelas de vendas nos anos 60 e 70.
Levantou a carreira depois dela cair e tocou com mais de meio-mundo. Daqueles com quem interessa tocar.
Durante uma década a fio participou nos álbuns de Van Morrison e tornou-se seu director musical. Quem se lembra dele, ou de "The Ballad of Bonnie and Clyde", ou de "Yeh Yeh"?
Numa gravação de 1998, Fame, Mr. Georgie Fame, no seu melhor!
Levantou a carreira depois dela cair e tocou com mais de meio-mundo. Daqueles com quem interessa tocar.
Durante uma década a fio participou nos álbuns de Van Morrison e tornou-se seu director musical. Quem se lembra dele, ou de "The Ballad of Bonnie and Clyde", ou de "Yeh Yeh"?
Numa gravação de 1998, Fame, Mr. Georgie Fame, no seu melhor!
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Prioridade ao amor
domingo, 6 de abril de 2008
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Dunas
Venho por este meio confirmar que, apesar de tudo, tenho agora ainda mais razões para gostar da Ivete Sangalo (já tinha duas).
("eeehhh,... ficou lindo...!", diz ela no fim)
Sobre a Rosa Passos dispenso-me de comentários.
Dunas
Mês de março em Salvador
o verão está no fim.
Todo o mato está em flor
e eu me sinto num jardim
Quem sair do Abaeté
rumo à praia do Flamengo
não de carro mas a pé,
pelas dunas, mato a dentro
há de ver belezas tais
que mal dá pra descrever:
tem orquídeas, gravatás,
água limpa de beber
cavalinhas e teiús,
borboletas e besouros,
tem lagartos verdazuis
e raposas cor de ouro
Sem falar nos passarinhos,
centopéias e lacraus,
nas jibóias e nos ninhos
de urubus e bacuraus
Vejo orquídeas cor de rosas
entre flores amarelas
Dançam cores. Vão-se as horas
entre manchas de aquarela
Desce a tarde. Vem na brisa
um cheirinho de alecrim
Canta um grilo. Sinto a vida:
tudo está dentro de mim.
Mês de março em Salvador
o verão está no fim.
Todo o mato está em flor
e eu me sinto num jardim...
("eeehhh,... ficou lindo...!", diz ela no fim)
Sobre a Rosa Passos dispenso-me de comentários.
Dunas
Mês de março em Salvador
o verão está no fim.
Todo o mato está em flor
e eu me sinto num jardim
Quem sair do Abaeté
rumo à praia do Flamengo
não de carro mas a pé,
pelas dunas, mato a dentro
há de ver belezas tais
que mal dá pra descrever:
tem orquídeas, gravatás,
água limpa de beber
cavalinhas e teiús,
borboletas e besouros,
tem lagartos verdazuis
e raposas cor de ouro
Sem falar nos passarinhos,
centopéias e lacraus,
nas jibóias e nos ninhos
de urubus e bacuraus
Vejo orquídeas cor de rosas
entre flores amarelas
Dançam cores. Vão-se as horas
entre manchas de aquarela
Desce a tarde. Vem na brisa
um cheirinho de alecrim
Canta um grilo. Sinto a vida:
tudo está dentro de mim.
Mês de março em Salvador
o verão está no fim.
Todo o mato está em flor
e eu me sinto num jardim...
Canto Nono
Há uns anos que não me canso de os recomendar. "O Porto a oito vozes" é um dos cd's que mantenho bem guardados, arma secreta que uso quando preciso de tirar vantagem do factor surpresa.
Em 2004, a CASA (Contemporary A Cappella Society) premiou os Canto Nono e a interpretação de "Etelvina” (de Sérgio Godinho, com arranjo vocal de José Mário Branco) com um dos “2004 Contemporary A cappella Recording Awards” na categoria “Best jazz song” (enfim, 'best song' talvez, mas jazz é que não).
Os Canto Nono existem desde 1992, trabalharam com Ward Swingle, 'himself', mas a verdade é que poucos de nós ouvimos falar deles e deste prémio. "O Porto a oito vozes" é um disco brilhante, gravado ao vivo durante o Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura. É comprar, é comprar... se o encontrarem!
Aqui fica essa tal Etelvina.
Em 2004, a CASA (Contemporary A Cappella Society) premiou os Canto Nono e a interpretação de "Etelvina” (de Sérgio Godinho, com arranjo vocal de José Mário Branco) com um dos “2004 Contemporary A cappella Recording Awards” na categoria “Best jazz song” (enfim, 'best song' talvez, mas jazz é que não).
Os Canto Nono existem desde 1992, trabalharam com Ward Swingle, 'himself', mas a verdade é que poucos de nós ouvimos falar deles e deste prémio. "O Porto a oito vozes" é um disco brilhante, gravado ao vivo durante o Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura. É comprar, é comprar... se o encontrarem!
Aqui fica essa tal Etelvina.
terça-feira, 1 de abril de 2008
Subscrever:
Mensagens (Atom)